Mulheres são minoria entre zootecnistas registrados no CRMV-SP

Já nos cursos de graduação, elas somam quase 60% do total de alunos
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Freepik

Atualmente, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) possui 1.616 zootecnistas registrados e ativos. Nesse montante, as mulheres ainda são a menor parcela (572), correspondendo a 35,3% desse total. No contexto nacional, conforme dados do CFMV, elas são 2,7 mil, dentre 8,9 mil zootecnistas registrados no Brasil, o que representa 30% dos profissionais.

Entretanto, entre os estudantes de Zootecnia elas já são maioria, conforme tem observado a presidente da Comissão Técnica de Ensino e Pesquisa da Zootecnia do CRMV-SP, Profa. Dra. Célia Regina Orlandelli Carrer. Ela conta que a graduação concentrava mais alunos homens até o ano 2000, quando a presença feminina começou a aumentar.

“Dez anos depois de esse aumento começar a ser notado, na USP, dos 833 formados, 48% já eram de mulheres, sendo que, na década de 1990, elas mal chegavam a 20%. Nos últimos cinco anos as mulheres representam aproximadamente 60% do total de alunos”, afirma Célia.

Mestra em nutrição

Célia é uma das profissionais que veio do contexto majoritariamente masculino na universidade, formando-se na segunda turma do curso de graduação em Zootecnia da USP, em 1983. Em 1990, se tornou mestra em nutrição animal e pastagem (USP). Seis anos depois, concluiu o doutorado em biologia vegetal (Unesp).

Já no início da carreira, depois de atuar no mercado na área de inseminação artificial com foco principalmente em bovinos, ingressou como docente na USP, dando aulas na fazenda escola do Campus Pirassununga. “Nessa época já comecei a me envolver em políticas profissionais e de educação em Zootecnia”, ressalta Célia.

Carreira de sucesso

Célia integrou a Comissão de Zootecnia da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (Abeas), no início dos anos 2000. Em 2003, passou a fazer parte da Comissão Técnica de Ensino e Pesquisa da Zootecnia do CRMV-SP, da qual hoje é presidente. De 2014 a 2017, foi ainda presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ).

“Também por esse meu envolvimento e pela minha trajetória na educação, passei a atuar na equipe de profissionais do Ministério da Educação, por meio do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que avalia a abertura e reconhecimento de cursos de Zootecnia no Brasil”, comenta.

De maneira geral, acredito que as mulheres viraram o jogo e são reconhecidas como profissionais competentes

(Célia Regina Orlandelli Carrer)

Profissionais competentes

“Posso dizer que sou uma profissional realizada e que não me deparei com preconceito na profissão por ser mulher”, afirma Célia. Além de sua postura ética, o fato de a área da educação ser tradicionalmente exercida por mulheres também pode ter contribuído para isso, apesar de ainda haver mais professores homens nas instituições de ensino da Zootecnia.

No mercado, porém, ela considera que os cargos de liderança de setores relacionados às fazendas, bem como vendas técnicas, ainda são predominantemente ocupados por homens. Porém, é possível ver muitas mulheres atuando em frentes como laboratórios, fabricação de ração, inteligências de mercado e ensino.

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