Médico-veterinário RT tem trabalho de relevância em frigoríficos na pandemia

Profissional garante a qualidade dos produtos e serviços gerados nas plantas frigoríficas e também orienta e cumpre as recomendações preconizadas para a prevenção e o combate à Covid-19
Comunicação CRMV-SP

A atuação do médico-veterinário responsável técnico (RT) em frigoríficos é ainda mais determinante em tempos de pandemia. Para Adroaldo José Zanella, professor do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Universidade de São Paulo, campus Pirassununga,

o RT tem uma enorme importância pelo conhecimento que acumula sobre a legislação vigente para a segurança alimentar e sua formação ampla.

“O RT também tem um conhecimento prático da infraestrutura e das rotinas dos frigoríficos, sendo muito competente para abordar estratégias de mitigação e prevenção da Covid-19. A formação do médico-veterinário com ênfase em Saúde Única o transforma em um perfeito aliado para proteger animais e humanos das consequências desta pandemia”, ressalta Zanella.

No caso dos estabelecimentos de abate, segundo Odemilson Donizete Mossero, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) e presidente da Comissão Técnica de Saúde Animal do Regional, o trabalho do médico-veterinário RT não só garante a qualidade dos produtos e serviços gerados nas plantas frigoríficas, “mas também a orientação e cumprimento das recomendações preconizadas para a prevenção e o combate à Covid-19”.

Responsável pelas ações relacionadas à segurança dos alimentos, cabe ao médico-veterinário RT a inspeção e implantação de boas práticas. “O RT deve cumprir requisitos constantes na legislação dos órgãos oficiais, independentemente da pandemia, mas, neste período crítico, as precauções são maiores em relação aos cuidados com os funcionários e a higiene dos mesmos, evitando contaminação dos produtos”, afirma o médico-veterinário Ricardo Moreira Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos, do CRMV-SP.

Fiscalização na pandemia

“De acordo com o comunicado do Cipoa, estão mantidas as atividades relacionadas às vistorias dos estabelecimentos para início das atividades, assim como fiscalizações de rotina, atendimento à denúncias e análise de processos para registro de empresas e produtos, desta forma, mantém-se a produção de alimentos e evita-se o risco de desabastecimento”, enfatiza Bruno Bergamo Ruffolo, que atua na Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).

Ricardo Santin, diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lembra que, desde o início da crise pandêmica no Brasil, o Serviço de Inspeção Federal (SIF) atuou de forma definitiva para a garantia da produção e do abastecimento. “E o engajamento da Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) e dos servidores foram alicerce para que as gôndolas em todo o País continuassem abastecidas”, enfatiza.

Agronegócio

As boas práticas preconizadas pelo manual do Mapa também são determinantes para, além de assegurar a saúde de trabalhadores e a sanidade nos frigoríficos, manter a posição do Agronegócio brasileiro nos mercados interno e externo.

“O Brasil tem grande capacidade produtiva de alimentos, é um dos maiores produtores mundiais, aprovado por mais de 150 países. O cumprimento das boas práticas, sob a orientação do médico-veterinário RT, seguindo como base as regras constantes deste manual, será fundamental para que seja mantida a saúde do trabalhador, sem afetar a produção”, afirma Mossero.

Com a manutenção do sistema produtivo, o Brasil consolida sua posição no mercado internacional de alimentos

(Ricardo Santin)

Boas práticas

Zanella destaca ainda que a saúde do trabalhador nos frigoríficos e nas indústrias associadas é de importância vital, pois o mesmo é quem garante o bem-estar dos animais e também a qualidade do produto de origem animal. “Trabalhadores infectados com Covid-19 podem colocar em risco unidades de produção pela enorme capacidade de transmissão que o vírus tem demonstrado. Barreiras físicas para a proteção dos funcionários é muito importante.”

Calil enfatiza que, atualmente, é impensável uma indústria de alimentos, por menor que seja, trabalhar sem as Boas Práticas de Fabricação/Produção, por esta ser uma ferramenta de qualidade básica para quem quer atender a exigência do mercado consumidor. “A empresa assume o compromisso de treinar seus funcionários para que todos possam entender suas responsabilidades e contribuir para atingir a qualidade.”

Manter os cuidados higiênicos e realizar exames médicos preventivos são fundamentais para garantir a segurança dos alimentos

(Ricardo Moreira Calil)

Brasil deve manter-se competitivo e preparado para combater ações que coloquem em risco condição de líder no mercado internacional

(Adroaldo José Zanella)

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