FAO pede fim de uso de antibiótico como indutor de crescimento de animais

Diretor geral da entidade defendeu o uso dos medicamentos apenas contra problemas de saúde na criação
Texto: Globo Rural (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Fotos: Adobe Stock

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano, defendeu, nesta quarta-feira (30/05), o uso de antibióticos apenas para o tratamento de doenças nos animais. Para ele, deve ser evitado o uso desse tipo de medicamento como indutor ou acelerador de crescimento nos plantéis de criação.

“Isso deve terminar imediatamente”, enfatiza Graziano, de acordo com o publicação pela FAO. Ele falou em um encontro, na França, organizado pelas Nações Unidas para discutir a resistência antimicrobiana que, além da própria FAO, contou com representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).

Na visão dos representantes das Nações Unidas, o aumento, em alguns casos considerado abusivo, do uso de antibióticos na saúde humana e animal tem contribuído para a resistência a doenças aos medicamentos. Alguns estudos apontam perdas econômicas superiores a US$ 100 trilhões até 2050, podendo levar a até cerca de 10 milhões de mortes por ano.

“A FAO advoga que antibióticos e outros medicamentos antimicrobianos devem ser usados apenas para curar e aliviar sofrimentos desnecessários apenas sob circunstâncias restritas, devem ser usados para prevenir contra uma iminente ameaça”, afirma Graziano.

Atenção contínua

Alertando que a resistência antimicrobiana é algo que não deve ser resolvido em questão de dias, Graziano disse ainda que apenas 89 países indicaram ter um sistema de coleta de dados sobre o uso de antibióticos em criações. E cobrou atenção contínua da comunidade internacional.

A FAO possui um plano de ação contra resistência antimicrobiana, com o objetivo de aumentar a preocupação em relação ao problema, além de desenvolver a capacidade de vigilância e supervisão. Esse plano inclui apoio a comunidades rurais, o que, segundo

Graziano, é importante para países onde a regulamentação ainda é mais fraca.

A FAO, junto à OMS e OIE, decidiu reforçar, em memorando, a colaboração das instituições no combate à resistência antimicrobiana

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