A análise de dados feita pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) em busca do perfil dos profissionais que atuam na área contou com informações do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), realizado em 2016, e pesquisa feita pelo Regional com 1.505 profissionais.
Conforme dados do Enade, a maioria (66%) dos alunos, que concluíram a faculdade de Medicina Veterinária em 2016, cursou o Ensino Médio em uma escola particular, sendo que 8,7% deles fizeram um curso médio profissionalizante antes de ingressar na graduação.
Dados da mesma pesquisa mostram que 47,4% dos estudantes de Medicina Veterinária tinham renda familiar acima de 4 salários mínimos. Já entre os alunos de Zootecnia, esse índice era de 26,6%.
Ainda de acordo com o exame, 65% dos alunos recém-graduados em 2016 eram mulheres, sendo 12% a mais do que em 2004. Da mesma forma, a quantidade de profissionais do sexo feminino registrada no estado de São Paulo é 20,8% maior do que a quantidade de homens.
Atuação
Dentre os profissionais que responderam à pesquisa realizada pelo CRMV-SP, entre junho e julho deste ano, 34% disseram atuar na clínica de pequenos animais. Na sequência, foram citadas as áreas de Saúde Pública (4,6%), Clínica de Grandes Animais (3,3%) e Laboratório de Diagnóstico (3,4%). O setor de ensino é o campo de atuação de 2,2% dos participantes da pesquisa.
Os profissionais autônomos correspondem a quase 40% dos médicos-veterinários que responderam ao questionário. Cerca de 20% são funcionários com carteira de trabalho assinada e 13,6% informaram serem proprietários de estabelecimento médico-veterinário.
Perspectivas para o futuro da profissão
Mais de 36% disseram ter uma baixa expectativa em relação ao futuro na profissão. A valorização profissional, o ensino da Medicina Veterinária no Brasil e os rendimentos financeiros foram apontados pelos profissionais como sendo os fatores de maior preocupação. Por outro lado, 74,2% classificam como razoável ou boa a evolução da profissão nos últimos 50 anos.