O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, publicou nota informativa com orientações quanto ao monitoramento e vigilância epidemiológica com base laboratorial para raiva em cães e gatos, bem como sobre a importância da identificação da variante viral.
Conforme o documento, nas últimas três décadas foi observado um decréscimo significativo de casos de raiva em cães domésticos por variantes 1 e 2, passando de 1.200 casos, no ano de 1999, para dois casos, em 2017. A redução se deve, principalmente, às ações de vacinação massiva dos cães e gatos e ao fortalecimento da vigilância epidemiológica.
De 1990 a 2010, adotou-se como critério, para monitoramento da raiva canina, o envio de amostras para o percentual de 0,2% da estimativa populacional canina por área, com objetivo de produzir informações para a tomada de decisão para ações de prevenção e controle da doença.
Atualmente, o perfil epidemiológico da raiva em cães e gatos tem apresentando uma baixa incidência nesses animais, que em aproximadamente 80% dos casos positivos têm como variante rábica aquela que circula entre animais silvestres, principalmente em quirópteros.
Monitoramento dirigido
Deste modo a vigilância da raiva em cães e gatos passará a se apoiar em critérios de eleição com monitoramento dirigido para os animais que apresentem algum tipo de suspeita clínica:
1- sinais e sintomas neurológicos que foram a óbito ou submetidos a eutanásia;
2- morreram durante o período de observação de 10 dias após a agressão;
3- encontrados mortos por atropelamentos ou sem causa definida;
4- suspeitos de raiva advindos de clínicas particulares, faculdades ou outros estabelecimentos médicos-veterinários, que evoluíram a óbito ou submetidos à eutanásia.
Portanto, é muito importante que os clínicos veterinários estejam cientes desta nova situação e participem ativamente do encaminhamento dos materiais dos referidos casos para os serviços veterinários oficiais.